A aventura da fotografia

Esta fotografia até pode nem ser grande coisa, mas a sua história é para não esquecer nos tempos mais próximos.
Foi feita ontem, e a história é a seguinte:
Depois de ter ido até à praia da Tocha para fotografar o PDS, o tempo estava tão enevoado que desisti de o fazer. No regresso lembrei-me ir aos Palheiros da Tocha, mas meti pelo caminho contrário. Após meia dúzia de quilómetros pela estrada antiga da Tocha para Quiaios, encontrei um caminho de terra batida por onde me meti. Após mais ou menos um quilómetro tive a surpresa de ver a minha carrinha enfiada num buraco de areia. Tentando voltar atrás acabou por afundar as rodas da frente de tal maneira que ficou com carroçaria assente na terra. Faço o caminho até à estrada a pé para ver se peço a alguém ajuda e lá aparece um carro passado uma hora de um casal de Ìlhavo que convenço a parar (a medo uma vez que vêem um individuo da cabelo e barba comprida naquele local ermo e todo o cuidado é pouco...) e que me vão tentar puxar a carrinha, mas não conseguem...
Solução ligar aos bombeiros. O nº de telefone que consigo e que os referidos senhores têm é dos Bombeiros de Ílhavo. Ligo e respondem-me que não é com eles, ligam a Aveiro, que respondem também não ser com eles que ligam para o Centro de Coimbra que me liga aos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz. Depois de tentar por diversas vezes falar a linha cai por não haver rede no local, lá consigo descrever a minha situação e os bombeiros da Figueira ficam de me ir tirar de tal situação, o que assim acontece cerca das onze horas da noite. Finalmente após quatro horas de "susto" saio de tal aventura, com minha esposa e filhos, no meio da mata, cheios de frio com a aragem do mar, e com as crianças assustadas pelos barulhos da mata, e cheios de fome, pois nada comíamos desde a hora do almoço, mas cheios de alegria também por finalmente podermos voltar para casa.
A fotografia afinal é aventura...
Aos senhores de Ilhavo que me tentaram tirar de tal situação e que desconheço o nome e endereço e que acabaram por deixar no local duas canas de pesca caríssimas, e a todos os intervenientes, mas principalmente aos BOMBEIROS MUNICIPAIS DA FIGUEIRA DA FOZ, o meu reconhecimento por tudo o que fizeram por nós. Bem-haja

P.S.: Felizmento o senhor de Ìlhavo que me ajudou, conseguiu arranjar o meu contacto e já lhe entreguei as canas de pesca que ele havia deixado.
Tudo acabou bem...