quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia Mundial da Fotografia - 19 de Agosto

Diana, a marca da minha primeira máquina fotográfica, comprada em Angola, por 50 angulares (escudos) tinha eu 12/13 anos e que foi o principio desta paixão. Levava um rolo 120 e a minha era toda em plástico preto, fazendo umas fotografias quadradas que ainda guardo. Não quero deixar de referir este facto hoje que se celebra o Dia Mundial da Fotografia.
No início dos anos 60, uma pequena fábrica em Hong Kong – a Fábrica de Plásticos Great Wall – criou uma câmara chamada “Diana.” Feita totalmente de plástico, cada câmara custava 1 dólar. Como produto principal, a Diana era basicamente um fracasso – e teve seu fim nos anos 70. Mas como qualquer artista, o valor da Diana só veio mais tarde. Como uma ferramenta de trabalho culto dos fotógrafos avant-garde e lo-fi, tornou-se um sucesso! Apaixonaram-se pelas imagens suaves e com uma atmosfera de sonho, suas cores super saturadas, desfoque imprevisível, e contraste aleatório. As imagens feitas com a Diana eram fascinantes e fora do lugar comum, com uma personalidade única.

Bratislava : estátua ao fotógrafo numa esquina desta bonita cidade eslovaca. - Fotografia do meu amigo Pedro Flora, em http://www.reflexosonline.com/reflexos.php?num_foto=160704&pf=14


A exemplo do ano anterior, também hoje quero deixar aqui a referência ao Dia Mundial de Fotografia que se comemora hoje.
E penso que nada melhor para o efeito que falar do Centro Português de Fotografia deixando uma breve história desta entidade:

Foi na sequência do parecer do Grupo de trabalho criado pelo ministro Manuel Maria Carrilho, em 1996, que o Ministério da Cultura criou o Centro Português de Fotografia.
A cultura fotográfica começava então a reanimar-se pelo aparecimento de escolas de fotografia, festivais e galerias que recuperavam fotógrafos “malditos” ou afastados no regime salazarista e divulgavam a obra de importantes fotógrafos internacionais.
O Centro Português de Fotografia foi criado pelo Decreto-Lei n.º 160/97, publicado no Diário da República de 25 de Junho de 1997, com sede no edifício da ex-Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, desafectado em 29 de Abril de 1975.
As salas de exposição do rés-do-chão foram utilizadas nesse mesmo ano, a partir de Dezembro, mas o edifício só seria ocupado na sua totalidade pelo CPF em 2001, depois de restaurado a adaptado à sua nova função, pela equipa dos Arquitectos Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira.
São atribuições fundamentais do CPF apoiar a criação e difusão da Fotografia, contribuir para o desenvolvimento da cultura fotográfica no país e para o conhecimento da Fotografia portuguesa, em Portugal e no estrangeiro, bem como gerir e ampliar arquivos e colecções.
Foram também criados, como serviços dependentes do CPF o Arquivo de Fotografia do Porto (a funcionar na Cadeia da Relação) e o Arquivo de Fotografia de Lisboa (provisoriamente instalado no IAN/TT - Torre do Tombo). Mantém-se o objectivo de vir a criar uma rede nacional de arquivos de fotografia.
Na Cadeia da Relação, o CPF mantém uma programação de exposições temporárias (1º e 2º pisos), e, em exposição permanente, a Colecção de Câmaras e material fotográfico (Núcleo Museológico António Pedro Vicente - 3º piso). Funcionam também os serviços de consulta e reprodução de espécies fotográficas, biblioteca, um programa de workshops e uma loja.
O C.P.F. tem também a responsabilidade de acompanhar processos pedagógicos na área da Fotografia (de acordo com solicitações várias), fazer o atendimento e consultadoria técnica na área dos arquivos e leitura e crítica de portfolios.

As atribuições do Centro Português de Fotografia distribuem-se por vários domínios: património e arquivos, promoção e divulgação da produção e da cultura fotográficas, formação nas áreas específicas da fotografia e do património fotográfico.
Estas atribuições tornam o CPF responsável pelo desenvolvimento de programas de exposição, na sua sede e em itinerância nacional e internacional de forma a promover autores portugueses e oferecer ao público em geral a fruição de obras significativas da fotografia internacional, de programas de formação (quer na área da produção fotográfica, quer na de conservação e restauro de colecções ou ainda da história e da teoria da fotografia) e de uma política de edição, servindo todos estes domínios.
A intervenção do CPF no campo do património confere-lhe ainda a responsabilidade de tornar acessíveis ao público em geral e aos investigadores pluridisciplinares as suas colecções procedendo à progressiva digitalização das espécies e dar continuidade à Colecção Nacional de Fotografia.

O C.P.F. assegura ainda a necessária articulação entre as entidades que desenvolvam actividades nos domínios referidos, quer em Portugal quer no estrangeiro. Dessas articulações têm surgido vários projectos de co-produção.

Transcrito com a devida vénia de:http://www.cpf.pt/

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