segunda-feira, 1 de março de 2010

Afinal tenho uma estrada para andar...

Muitas vezes ao longo da minha vida me fizeram a pergunta: o que é que tens?
Sempre desde que me lembre respondi: Tenho as estradas para andar.
E não é que descobri agora há dias que tenho mesmo uma estrada... Ou ainda melhor, uma estrada e um parque de estacionamento.
Estão curiosos? Eu conto.
Por necessidade de tratar de alguma documentação para a segurança social (afinal que acabou por não ser precisa) tive que me deslocar à Repartição de Finanças da Mealhada a fim de solicitar declaração comprovativa em como nada tenho de meu. Penso que nunca tive, e não iria ser agora que iria ter. A funcionária que me atende, lá consulta os dados no computador e passa-me a declaração. Mas surpresa das surpresas, eu tenho um pinhal com 1300 metros quadrados, e ainda para mais junto ao Campo de Futebol das Ferrugens e bem perto do Cemitério daqui da minha terra. Procurando saber qual a razão da existência de tal pinhal com o registo no meu nome venho a descobrir que esse pinhal que por herança me coube, já foi vendido (ou melhor: já foi cedido a título gratuito), pela minha mãe que tinha uma procuração minha para o fazer, ao Centro Recreativo de Antes há mais de 30 anos, e que posteriormente foi expropriado pela Câmara Municipal da Mealhada para fazer a Rua dos Caramouços e que junto ao campo de futebol se une à Rua das Ferrugens. O restante do terreno é parte do parque de estacionamento do Campo de Futebol e que recentemente também foi assumido pela Câmara da Mealhada para nesse mesmo parque poder fazer obras.
Nunca recebi qualquer comunicação de que tinha algum imposto a pagar por tal terreno, mas depois de já ter avisado os elementos da Junta da Freguesia de tal situação, que assumiram o compromisso de tratar dos problemas burocráticos para que tal pinhal seja tirado do meu nome e registado em nome de quem de direito, a Câmara Municipal da Mealhada, embora todo este processo devesse ter sido tratado pela Direcção da Junta de há alguns anos atrás, mas se receber qualquer documento sobre tal pinhal, deixo já o aviso e que me foi sugerido por alguém e que eu até acho muito bem: Ponho portagem na estrada e cerco a parte do parque de estacionamento que me pertence, pois o que cobrar de certo dará para pagar as contribuições.
E agora e até que me seja comunicado que tal estrada já está devidamente registada, irei para lá andar para trás e para a frente, pois não é por nada, mas eu sou dono da estrada... pelo menos no registo das Finanças!

P.S. datado de 15 de Março. Estou mais pobre, pois já não tenho nem estrada nem parque de estacionamento. Felizmente tudo está resolvido, e agora a estrada e o parque pertencem a quem de direito, isto é, à Câmara Municipal da Mealhada.

2 comentários:

Maria Cristina Mestre disse...

Acho que Portugal anda de pernas para o ar...realmente!

Ana de Sousa disse...

Interessante acabou por meu soltar uma bruta de uma gargalhada.
Amigo as finanças são as únicas que nunca se esquecem de nós, mesmo quando todos os amigos nos abandonam, rsrs
Menos mal então dono de estrada?!
Abraço gostei do relato de vida