terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lagoa do Sume



Com a devida vénia transcrevo o texto seguinte escrito por José Paulo Lousado, natural de Antes, mas a residir em Viseu, sobre a Lagoa do Sume. As fotografias são do mesmo autor do texto e ilustram o artigo.

Não resido na Antes actualmente, mas estive lá no final de Setembro, e não resisti em ir visitar a lagoa do Sume, e pelo que pude apreciar a água está saturada e poluída. Os principais causadores da poluição são os patos, são aves muito bonitas, mas têm um problema, como são residentes fazem os dejectos na água, e não noutro local. As aves que são migradoras não apresentam esse problema, porque, até o fazem no ar. É importante alertar as pessoas que estão responsáveis pela lagoa para que os patos residentes sejam retirados da água e guardados em local próprio, até que as águas comecem e ser renovadas com a chuva. Não me admira portanto, que comecem a aparecer peixes mortos. Trata-se também de um problema de saúde pública, pois além dos peixes, as aves podem começar a ficar contaminadas com salmonelas ou outros micro-organismos nefastos à fauna e flora, até porque o lago é fonte de água para muitas aves caseiras, principalmente Pombas, que poderão transmitir doenças aos outros animais caseiros. A curto prazo, até os ovos dessas aves podem ficar estragados, pois as bactérias matam o embrião.

Aquele lugar é mítico para a Antes, preserve-se para memória futura.

Fui um dos repovoadores do lago do sume, juntamente com outros conterrâneos, com achigãs, pimpões, carpas entre outros, por isso não posso deixa de me preocupar com um espaço que sempre me fascinou e que fez parte da minha vida enquanto residi na Antes.

Fica o reparo.

http://parque-de-merendas.blogspot.com/2009/10/o-lago-do-sume.html

A minha posição: Não sei se os problemas indicados o serão ou não, porque nada sei desses assuntos. Apenas gosto da Lagoa do Sume e tudo o que fôr feito na sua defesa e embelezamento desde que a sua "naturalidade" não desapareça, para mim tem valor.

2 comentários:

Carlos Rio disse...

Uma grande e importante chamada de atenção, deste teu conterrâneo João.
Aqui temos milhares de patos mas a influência das marés resolve o problema.
As pessoas gostam de ver por ali uns gansos e uns patos, mas dadas as características da lagoa, é uma presença negativa. Comentei isso com a minha mulher quando regressava da visita à lagoa que nos proporcionaste. Seria preferível, no meu modesto ponto de vista obviamente, que as pessoas fossem incentivadas a observar a fauna selvagem, depois de criar condições fáceis e baratas para isso. Isso sim, seria um melhoramento positivo e pedagógico. Mas já me estou a meter onde não sou chamado...
Abraço.

José Lousado disse...

Olá João, obrigado por teres seguido o meu blog e transcrito o texto sobre o Lago do Sume. Embora não seja Biólogo, lido semanalmente com alguns da Universidade de Aveiro e que me informaram desses problemas. Se reparares a água está amarela e náuseabunda, sem flora, pelo que não há sequer a oxigenação desta. Da ilha que em tempos houve no centro, cheia de juncos, resta apenas uma crista de terra, inerte, sem vida, que é pronúncio de que a água nem para os juncos serve. Mas sobre isso os técnicos de ambiente saberão falar melhor do que eu. Aproveite-se agora o facto da Sra Engª Arminda Martins estar na vereação da CMM, para ajudar nalguma coisa. De certo que o saberá fazer.
Um abraço.